PAISAGENS DE PORTUGAL

O nosso País, apesar de relativamente pequeno em dimensão, é um território riquíssimo em diversidade e beleza paisagística. Das terras altas e húmidas do Minho, à Terra Quente transmontana, passando pelo Douro vinhateiro, às terras planas e arenosas do Centro Litoral, à montanha da Estrela, às planícies onduladas e douradas do Alentejo, aos campos de cultivo e pastagens do Ribatejo, às praias do Algarve, passando ainda pelo relevo vulcânico dos Açores e da Madeira...existe um enorme número de motivos de visita pelo nosso País e que é digno de registo.

Assim, aqui vai um desafio. Envia uma fotografia de um sítio de Portugal que tenhas gostado de conhecer ou que gostarias de conhecer, elegendo-o como um dos mais belos lugares do País.

Eu deixo já a minha escolha: A SERRA DA ESTRELA!

OS EXTREMOS DA TERRA

Nas aulas do 1º Ano do Curso Básico de Instrumento iniciámos o estudo do Mapa Físico da Terra. Surpreende a diversidade de paisagens terrestres e a imponência de alguns dos acidentes naturais do planeta.

Entre eles, salienta-se o ponto mais elevado da Terra: o Monte Everest, na cordilheira dos Himalaias (na Ásia), que atinge os 8848 metros de altitude. O seu cume está permanentemente coberto de neve e apresenta a forma de uma pirâmide. Desde o século XIX que a "montanha sagrada" tem despertado o interesse dos exploradores na sua conquista.

Em 1953, um explorador da Nova Zelândia atinge, pela primeira vez, o cume. Em 1999, João Garcia foi o primeiro português a atingir o pico (e sem recursos a oxigénio suplementar) e pela Face Norte. Durante a descida o seu colega de escalada e grande amigo, o belga Pascal Debrouwer, caiu numa ravina e faleceu e João Garcia sofreu queimaduras no corpo.

Na situação oposta...vamos encontrar a maior profundidade no Oceano Pacífico: a Fossa das Marianas, com -11 mil metros de profundidade. Corresponde a uma zona de convergência das placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas (zona de subducção). O ponto mais profundo foi atingido pelo homem em 1960, aquando de uma expedição científica americana.

O MAR MORTO

Sobre as questões colocadas pelos alunos relativamente ao processo de formação e origem do nome do acidente geográfico MAR MORTO.

O Mar Morto que, na verdade, é um lago de água salgada, localiza-se no Médio Oriente, banhando Israel e a Jordânia e é alimentado pelas águas do rio Jordão. Tem uma superfície de cerca de 1050 Km2, um comprimento máximo de 80 km e largura máxima de 18 km. Constitui a zona terrestre mais baixa do nosso planeta - 392 m abaixo do nível das águas do mar.

A sua designação deriva do facto de as suas águas apresentarem um elevado teor de salinidade (cerca de 10 vezes mais que a salinidade dos oceanos) que impossibilita a existência de qualquer forma de vida - "qualquer peixe transportado pelas águas do rio para o mar morre imediatamente". O sal é de facto tanto que a densidade da água é elevada e permite que as pessoas flutuem quando vão a banhos.

Actualmente, o nível das águas não pára de descer, devido à utilização das águas do rio para fins de irrigação em Israel e na Jordânia, situação que conduz à redução da área e da profundidade deste lago a que se chama "mar".

OS ABORÍGENES DA AUSTRÁLIA

Os aborígenes australianos são a população nativa da Austrália (ilha da Oceânia), de pele negra, embora se diferenciem dos africanos por diversos traços físicos. Pensa-se que os primeiros alcançaram a Austrália provavelmente há cinquenta mil anos. Outras teorias consideram os primeiros habitantes das Américas como sendo parte do grupo racial australóide, embora não seja consensual.

Quando os europeus chegaram à Austrália, em 1788, estima-se que existiam 750 mil aborígines espalhados pelo país, subdivididos em 500 grupos e com cerca de 300 dialetos diferentes.A chegada do homem branco trouxe sofrimento aos aborígenes, pois eram forçados a trabalhar na agricultura. Estes foram perseguidos, muitos foram mortos por envenenamento (uso de arsénio), com o objectivo de dizimar populações inteiras, homens, mulheres e crianças.

Depois de um longo processo, em1976, foram criadas leis específicas para proteção aos direitos dos aborígenes. As suas crenças são, de facto, diferentes daquilo que nós, Ocidentais e Europeus, estamos habituados. Os aborígenes australianos acreditam que o mundo teve inicio num período chamado “Sonho”, onde os espíritos ancestrais deixaram o céu com destino à Terra. Eles teriam moldado as rochas, os rios, as montanhas, florestas e desertos, além de ter criado também os povos, animais e plantas. Eles teriam estabelecido o modelo pelo qual a vida deveria ser seguida, as leis e costumes. Muitos dos rituais, músicas, danças e cerimónias aborígenes tratam da conexão entre o plano espiritual e material.

Para os Aborígenes sobreviventes, o governo australiana (que recentemente pediu desculpas públicas pelo que fizeram a este povo, indemnizando muitas famílias) instituiu ajudas, facilidades e privilégios que o Australiano comum não tem. Apesar de muitos Aborígenes estarem bastante integrados na sociedade actual, incluindo forte actuação na política, nas artes, em todas as áreas de trabalho, e direito ao voto, a maioria ainda continua a viver isoladamente em terras e regiões longe das grandes cidades.

Actualmente, os aborígenes representam apenas cerca de 1% da população da Austrália, não ascendendo a mais de 200 mil indivíduos. No entanto, a sua história e as suas práticas estão muito ligadas à Natureza. Por exemplo, os boomerang foram muito utilizados pelos aborígenes como instrumento de caça.

Para compreender melhor a paisagem australiana e o modo de vida dos aborígenes recomendo o visionamento do filme "Australia" (2009).

A 1ª FOTOGRAFIA DA TERRA

As boas-vindas ao blogue são dadas com a apresentação da 1ª fotografia da Terra, tirada do espaço, nas vésperas de Natal, em 1968, durante a missão da Apolo 8. A foto ficou conhecida como "o nascer da Terra". Com esta foto, a humanidade toma consciência de si própria e do seu habitat. A partir de então, surgem os movimentos ambientalistas, legislação de protecção do ambiente e o primeiro Dia da Terra.

Imediatamente no dia seguinte em que a foto foi tirada, Archibald MacLeish escreveu o seguinte:

"Ver a Terra como ela é realmente, pequena, azul e bela nesse silêncio eterno em que flutua, é vermo-nos como viajantes sobre a Terra, irmãos nessa beleza a brilhar no frio eterno - irmãos que sabem agora que são verdadeiramente irmãos."